| Ingredientes | Toma Diária: 2 comprimidos Tomas por embalagem: 15 | %VRN |
|---|---|---|
| Glucosamina | 1000 mg | ** |
| Condroitina | 400 mg | ** |
| MSM (Metilsulfonilmetano) | 400 mg | ** |
| Colagénio | 200 mg | ** |
| Ácido Hialurónico | 60 mg | ** |
| Quercetina | 30 mg | ** |
| Silício | 20 mg | ** |
*VRN estabelecida pelo Regulamento (UE) Nº 1169/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Outubro de 2011.
**VRN (valor de referência nutricional não estabelecida)
Informações Complementares
📋 Modo de usar
Tomar 1 comprimido por dia, ao pequeno-almoço. Em caso de maior necessidade, tomar 2 comprimidos.
🌿 Composição
Glucosamina de Absorção Rápida (de crustáceos); Antiaglomerante: Fosfato Tricálcico; Condroitina de Absorção Rápida; Metil-Sulfonil-Metano (MSM); Gelificante: Celulose microcristalina; Maltodextrina de Milho; Colagénio Marinho (de peixe); Estabilizador: Amido de Trigo; Antiaglomerante: Hidroxipropilcelulose; Ácido Hialurónico; Antiaglomerante: Estearato de Magnésio; Dióxido de Silício; Quercetina; Antiaglomerante: Silicato de Magnésio.
🔎 Advertências
Não exceder a toma diária recomendada. Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado. É importante um regime alimentar equilibrado e um modo de vida saudável. Devido à inexistência de estudos que confirmem a segurança de utilização em caso de gravidez e aleitamento, este suplemento não deve ser utilizado nestas situações, salvo indicação médica. O produto não deve ser utilizado no caso de hipersensibilidade, alergia e quando estejam descritas interações de outro produto com qualquer um dos constituintes da formulação. Preservar ao abrigo da luz, do calor e da humidade. Conservar em local seco na embalagem original e a temperatura inferior a 25ºC. Manter fora do alcance e da visão das crianças.
📍 Importante
Apesar de integralmente sustentada em fontes de referência com reconhecido valor e prestígio nacional e internacional, a informação contida nestas páginas não pode ser considerada como exaustiva ou, apesar de todos os esforços de melhoria contínua, isenta de incorreções inadvertidas. As plantas e seus derivados utilizados na preparação de suplementos alimentares têm efeitos nutricionais, e podem interagir com medicamentos e outros suplementos. A sua inclusão em produtos para consumo humano obriga à prévia determinação de segurança, porém, essa segurança depende de uma utilização responsável. A Nutriama não assume qualquer responsabilidade por problemas decorrentes da má utilização da informação disponibilizada. Se precisar de aconselhamento específico, deverá recorrer diretamente a um profissional devidamente qualificado.
Principais Ingredientes
Glucosamina
A glucosamina é um dos monossacarídeos hidrossolúveis mais abundantes no corpo humano, presente em grandes quantidades na cartilagem articular. Pensa-se que esta substância tem um papel importante na regulação dos processos anabólicos da cartilagem e na síntese de líquido sinovial, ao ser um percursor de glicosaminoglicanos. Inibe também os processos catabólicos e degenerativos da osteoartrite, através das suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. A suplementação com glucosamina promove a síntese de cartilagem e reduz a sua degradação, assim como induz a produção de ácido hialurónico pela membrana sinovial.
Além disso, é benéfica no alívio sintomático da dor, rigidez e na melhoria da função articular, tendo um estudo demonstrado que, quando aplicada localmente, revela maior eficácia que por via oral, apresentando menor potencial para efeitos secundários. A glucosamina tem ainda diversos benefícios na pele, devido à estimulação da síntese de ácido hialurónico, que acelera a cicatrização de feridas, melhora a hidratação e diminui as rugas. É também útil no tratamento de distúrbios de hiperpigmentação pois inibe a ativação da tirosinase o que, por sua vez, leva à inibição da produção de melanina.
Bibliografia
1. Vasiliadis HS, Tsikopoulos K. Glucosamine and chondroitin for the treatment of osteoarthritis. World J Orthop. 2017;8(1):1-11. doi:10.5312/wjo.v8.i1.1
2. Hammad YH, Magid HR, Sobhy MM. Clinical and biochemical study of the comparative efficacy of topical versus oral glucosamine/chondroitin sulfate on osteoarthritis of the knee. Egypt Rheumatol. 2015;37(2):85-91. doi:10.1016/j.ejr.2014.06.007
3. Bissett DL. Glucosamine: An ingredient with skin and other benefits. J Cosmet Dermatol. 2006;5:309-315. doi:10.1111/j.1473-2165.2006.00277.x
Condroitina
A Condroitina é um glicosaminoglicano presente em vários tecidos no corpo humano, sendo um componente estrutural importante da matriz extracelular da cartilagem articular, que desempenha um papel fundamental ao criar uma considerável pressão osmótica que expande a matriz e coloca tensão na rede de colagénio além de fornecer resistência e elasticidade à cartilagem.
A suplementação com Condroitina, usualmente extraída de cartilagem de tubarão ou bovinos, atua contra a osteoartrite por efeito anabólico através da estimulação da produção de matriz extracelular de cartilagem, supressão de mediadores inflamatórios (IL-1, TNF) e metaloproteinases, e inibição da degeneração de cartilagem. Este mecanismo de ação explica o seu benefício na cartilagem e membrana sinovial.
Literatura científica indica que a suplementação com Condroitina também é capaz de aliviar os sintomas de osteoporose, incluindo dor, com melhoria dos parâmetros funcionais e apresenta baixo risco de toxicidade.
Para além disto, tem a capacidade de melhorar a função e diminuir a progressão de artrose, atuando como protetor das articulações. Assim sendo, pode afirmar-se que possui efeitos anti-inflamatórios e anti-apoptóticos na cartilagem articular e no osso.
Uma vez que a Condroitina, quando ingerida sob a forma de suplementação, é absorvida pelo intestino e usada pelas bactérias intestinais, poderá também exercer efeitos terapêuticos por modificação da microbiota intestinal, além de proteção da mucosa intestinal. Por exemplo, ao atuar como substrato de bactérias redutoras de sulfato (aumentando a sua quantidade na microbiota), implicadas na síntese de compostos anti-inflamatórios, a Condroitina poderá ter capacidade de prevenção e tratamento de várias doenças inflamatórias e metabólicas.
Em súmula, a Condroitina é constituinte estrutural da cartilagem garantindo a sua resistência e elasticidade. Tem a capacidade de inibir a degradação da mesma e estimular a sua produção, para além de inibir a inflamação, demonstrando desta forma, o seu benefício na osteoartrite. Também tem sido estudada como modulador da microbiota intestinal, podendo a sua suplementação representar uma mais valia na prevenção de doenças inflamatórias e metabólicas.
Bibliografia
1. Vasiliadis HS, Tsikopoulos K. Glucosamine and chondroitin for the treatment of osteoarthritis. World J Orthop. 2017;8(1):1-11. doi:10.5312/wjo.v8.i1.1
2. Liu X, Eyles J, McLachlan AJ, Mobasheri A. Which supplements can I recommend to my osteoarthritis patients? Rheumatol (United Kingdom). 2018;57:75-87. doi:10.1093/rheumatology/key005
3. Reginster JY, Veronese N. Highly purified chondroitin sulfate: a literature review on clinical efficacy and pharmacoeconomic aspects in osteoarthritis treatment. Aging Clin Exp Res. 2020. doi:10.1007/s40520-020-01643-8
4. Lopes OV, Inácio AM. Use of glucosamine and chondroitin to treat osteoarthritis: A review of the literature. Rev Bras Ortop. 2013. doi:10.1016/j.rboe.2012.12.001
5. Shmagel A, Demmer R, Knights D, et al. The effects of glucosamine and chondroitin sulfate on gut microbial composition: A systematic review of evidence from animal and human studies. Nutrients. 2019. doi:10.3390/nu11020294
MSM (Metilsulfonilmetano)
A suplementação com metilsulfonilmetano (MSM)– um composto organossulfurado – tem-se tornado popular, uma vez que demonstra benefícios ao nível de inflamação (por inibição de mediadores pró-inflamatórios), dor articular e muscular e stress oxidativo, pelo que terá aplicação na artrite e outros distúrbios inflamatórios como cistite intersticial, rinite alérgica, alergias sazonais e inflamação aguda induzida por exercício físico intenso, bem como na proteção da cartilagem contra a degradação.
Para além da sua capacidade anti-inflamatória vastamente reconhecida, também possui capacidade de suportar as vias antioxidantes naturais do organismo, por aumento dos níveis de glutationa, superóxido dismutase e catalase.
Pesquisas emergentes sugerem que o MSM um dia também pode vir a ser um coadjuvante no tratamento de vários tipos de cancro e síndromes metabólicas.
Pode ser obtido através do consumo de frutas, vegetais, cereais, cerveja, vinho do porto, café, chá e leite de vaca e a sua absorção e biossíntese dependerá fortemente de co-metabolismo entre a microbiota intestinal e o hospedeiro. Devido às suas propriedades de penetração únicas, altera efeitos fisiológicos a nível tecidular e celular difíceis de elucidar e tem ainda capacidade de atuar como transportador ou co-transportador de outros agentes terapêuticos, aumentando ainda mais o seu potencial de aplicação 1,3. Devido à sua rápida absorção e distribuição no organismo e excreção eficiente.
O MSM representa uma forma orgânica de enxofre que desempenha um papel importante em vários órgãos e sistemas do organismo humano. É um produto da normal oxidação do dimetilsulfóxido (DMSO) e por fazer parte do ciclo global natural do enxofre, pode constituir uma fonte de enxofre para aminoácidos sulfurados (metionina, cisteína).
Tem sido associado à manutenção da saúde da pele devido ao seu papel nos processos fisiológicos de síntese de colagénio e ácido hialurónico – principais moléculas na matriz da pele. Portanto, tem sido usado em situações de acne, pele seca ou áspera e unhas enfraquecidas. A suplementação com MSM tem demonstrado influenciar a saúde da pele ao nível genético, regulando genes responsáveis pela inflamação, hidratação e integridade da estrutura da pele (associado ao envelhecimento). Desta forma, a suplementação com MSM tem revelado melhorar a condição e aparência da pele, com diminuição de rugas e linha finas no rosto.
Bibliografia
1. Butawan M, Benjamin RL, Bloomer RJ. Methylsulfonylmethane: Applications and safety of a novel dietary supplement. Nutrients. 2017;9(290):1-21. doi:10.3390/nu9030290
2. Muizzuddin N, Benjamin R. Beauty from within: Oral administration of a sulfur-containing supplement methylsulfonylmethane improves signs of skin ageing. Int J Vitam Nutr Res. 2020. doi:10.1024/0300-9831/a000643
3. Carbonare, D, Luca et al. Methylsulfonylmethane enhances MSC chondrogenic commitment and promotes pre-osteoblasts formation. Stem Cell Research and Therapy. Vol.12. 326.ed; 2021.
4. Notarnicola A, Tafuri S, Fusaro L, Moretti L, Pesce V, Moretti B. The “MESACA” Study: Methylsulfonylmethane and Boswellic Acids in the Treatment of Gonarthrosis. Adv Ther . Published online 2011.
5. Debbi EM, Agar G, Fichman G, et al. Efficacy of methylsulfonylmethanesupplementation on osteoarthritis of the knee: arandomized controlled study. Complement Altern Med. Published online 2011.
Colagénio
É uma proteína responsável por garantir firmeza e dar elasticidade à pele, sendo produzida naturalmente pelo corpo. É o maior constituinte das células da pele, promovendo o seu fortalecimento e aumentando a sua hidratação.
Esta proteína é muito importante para manter as células firmes e unidas, prevenindo o aparecimento de estrias, rugas e linhas de expressão, além de ser essencial para promover a saúde do cabelo e das unhas.
Promove a saúde do cabelo, pois alguns aminoácidos do colagénio são usados para formar a queratina, que é uma proteína que ajuda a aumentar a resistência, crescimento e elasticidade dos cabelos.
Alguns estudos mostram que os suplementos de colagénio podem estimular o corpo a produzir outras proteínas que também aumentam a firmeza e elasticidade da pele, como a elastina e fibrilina, ajudando a retardar o envelhecimento da pele, reduzindo as rugas e o ressecamento.
A exposição direta de peptídeos derivados do colagénio a fibroblastos que poderá aumentar a síntese de matriz extracelular; ou, por outro lado, poderá induzir as células T reguladoras, que melhoram os parâmetros de saúde da pele.
O colagénio é ainda fundamental para a formação dos tendões, cartilagens e ligamentos presentes nas articulações, evitando o contato entre os ossos e, consequentemente, o seu desgaste para além de favorecer a sua regeneração.
Por este motivo, a suplementação com colagénio também tem sido usada em situações de distúrbios articulares e ósseos, como a osteoartrite, apresentando capacidade para diminuir dores articulares e tendinosas. Tem sido, ainda, utilizada na reabilitação de atletas lesionados, quando combinado com exercícios de recuperação.
Ajuda no tratamento da osteoartrite que é uma inflamação nas articulações que causa inchaço e dor, surgindo devido ao desgaste da cartilagem, que é formada principalmente por colagénio, e tem como função revestir os ossos, amortecendo impactos e impedindo o contato entre os ossos. De forma geral, a quantidade de colágeno produzida pelo corpo diminui com a idade, aumentando o risco do desenvolvimento da osteoartrite.
Também é importante para dar estrutura e firmeza aos ossos, mantendo-os fortes, no entanto, com o envelhecimento, a quantidade de colagénio nos ossos diminui, deixando-os mais frágeis e menos densos, o que aumenta o risco de fraturas, além de dificultar a cicatrização. Muitos estudos mostram que os suplementos de colagénio ajudam a fortalecer e aumentar a densidade dos ossos e reduzir o risco de desenvolvimento da osteoporose ou osteopenia.
É necessário para manter os músculos fortes e ajuda a aumentar a massa e a força muscular, por promover a síntese de proteínas musculares como a creatina, por exemplo. Além disso, pode ser muito útil para atletas, pessoas com sarcopenia ou para evitar a perda muscular que ocorre com o envelhecimento.
Faz parte da estrutura das artérias, promovendo uma maior elasticidade dos vasos sanguíneos, o que facilita o transporte de sangue do coração para o resto do corpo. Quando não há colagénio suficiente no corpo, as artérias podem ficar mais fracas e frágeis, aumentando o risco de aterosclerose, que é uma doença cardiovascular caracterizada pelo estreitamento das artérias e que pode causar infarto ou AVC, por exemplo.
Bibliografia
1. Hexsel, D.; et al. Oral supplementation with specific bioactive collagen peptides improves nail growth and reduces symptoms of brittle nails. J Cosmet Dermatol. 16. 4; 520-526, 2017.
2. Tomosugi, N.; et al. Effect of Collagen Tripeptide on Atherosclerosis in Healthy Humans. J Atheroscler Thromb. 24. 5; 530-538, 2017.
3. Zdzieblik D, Oesser S, Baumstark MW, Gollhofer A, König D. . Collagen peptide supplementation in combination with resistance training improves body composition and increases muscle strength in elderly sarcopenic men: a randomised controlled trial. Br J Nutr. 114. 8; 1237-45, 2015.
4. Moskowitz, R. W. Role of collagen hydrolysate in bone and joint disease. Semin Arthritis Rheum. 30. 2; 87-99, 2000.
5. Porfírio, Elisângela; Fanaro, Gustavo Bernardes. Collagen supplementation as a complementary therapy for the prevention and treatment of osteoporosis and osteoarthritis: a systematic review. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. 19. 1; 153-164, 2016.
6. Clark, Kristine L.; et al. 24-Week study on the use of collagen hydrolysate as a dietary supplement in athletes with activity-related joint pain. Curr Med Res Opin. 24. 5; 1485-96, 2008.
7. Maryam Borumand, Sara Sibilla. Effects of a nutritional supplement containing collagen peptides on skin elasticity, hydration and wrinkles. Journal of Medical Nutrition & Nutraceuticals. 4. 1; 47-53, 2015.
8. Asserin J, Lati E, Shioya T, Prawitt J. . The effect of oral collagen peptide supplementation on skin moisture and the dermal collagen network: evidence from an ex vivo model and randomized, placebo-controlled clinical trials. . J Cosmet Dermatol. 14. 4; 291-301, 2015.
9. Prokcsh, E.; et al. Oral Intake of Specific Bioactive Collagen Peptides Reduces Skin Wrinkles and Increases Dermal Matrix Synthesis. Skin Pharmacology and Physiology. 27. 3; 113-119, 2013.
10. Barati M, Jabbari M, Navekar R, et al. Collagen supplementation for skin health: A mechanistic systematic review. J Cosmet Dermatol. 2020. doi:10.1111/jocd.13435.
11. Bolke L, Schlippe G, Gerß J, Voss W. A collagen supplement improves skin hydration, elasticity, roughness, and density: Results of a randomized, placebo-controlled, blind study. Nutrients. 2019. doi:10.3390/nu11102494.
12. Lupu M, Gradisteanu Pircalabioru G, Chifiriuc M, Albulescu R, Tanase C. Beneficial effects of food supplements based on hydrolyzed collagen for skin care (Review). Exp Ther Med. 2019. doi:10.3892/etm.2019.8342.
Ácido Hialurónico

O Ácido Hialurónico, também conhecido por Hialuronato de Sódio, é um glucosaminoglicano natural formado pela ligação de glucosamina com ácido glucorónico. Ocorre naturalmente em vários tecidos e fluidos do corpo, mas principalmente na cartilagem articular e no fluido sinovial, sendo o principal responsável pela sua elevada viscosidade e propriedades lubrificantes, protetoras e amortecedoras na articulação. Sendo também abundante na pele e estando presente em tendões e cavidades serosas. É sintetizado principalmente por fibroblastos e queratinócitos, sendo que os condrócitos dependem dele para deposição da matriz da cartilagem e foi sugerido que desempenhe também um papel na fecundação e imunorregulação.
O Ácido Hialurónico desempenha um papel multifacetado na regulação de diversos processos biológicos, nomeadamente na reparação da pele e regeneração de tecidos. Considerado um humectante por excelência, possui elevada capacidade para absorção de água e consegue penetrar nas camadas superiores da epiderme, permitindo aumentar a coesão entre as células e assim proteger a pele de fenómenos de desidratação, tendo vindo a ser empregue como um dos componentes imperativos em produtos cosméticos e nutricosméticos. Entre as suas funções biológicas incluem-se a retenção de água na matriz, hidratação de tecidos, homeostasia da água, lubrificação, transporte de solutos, migração, divisão e interação celular, adesão neutrófila, reabsorção óssea, cicatrização e agregação e adesão de glóbulos vermelhos. Para além disto, também tem sido usado em cirurgia oftálmica, diagnóstico de cancro, como anti-inflamatório e imunomodulador e no tratamento de articulações inflamadas.
A progressão da osteoartrite com a idade leva ao declínio de ácido hialurónico, motivo pelo qual tem sido usado no tratamento desta patologia, bem como no controlo de dores articulares.
Em suma, o Ácido Hialurónico, naturalmente presente em vários tecidos no corpo humano, tende a diminuir com a idade, como tal desempenha um importante papel na saúde articular, nomeadamente na lubrificação da cartilagem, como antioxidante, analgésico, anti-inflamatório, condroprotetor, evita a degradação da matriz extracelular e tem efeitos de reparação na cartilagem. Para além do seu papel cicatrizante, reparador e hidratante da pele.
Bibliografia
1. Bukhari SNA, Roswandi NL, Waqas M, et al. Hyaluronic acid, a promising skin rejuvenating biomedicine: a review of recent updates and pre-clinical and clinical investigations on cosmetic and nutricosmetic effects. Int J Biol Macromol. 2018.
2. Gupta RC, Lall R, Srivastava A, Sinha A. Hyaluronic acid: molecular mechanisms and therapeutic trajectory. Front Vet Sci. 2019.
3. Gelse K, Pöschl E, Aigner T. Collagens – structure, function, and biosynthesis. Adv Drug Deliv Rev. 2003.
4. Becker LC, Bergfeld WF, Belsito D V., et al. Final Report of the Safety Assessment of Hyaluronic Acid, Potassium Hyaluronate, and Sodium Hyaluronate. Int J Toxicol. 2009.
5. Wang CT, Lin YT, Chiang BL, Lin YH, Hou SM. High molecular weight hyaluronic acid down-regulates the gene expression of osteoarthritis-associated cytokines and enzymes in fibroblast-like synoviocytes from patients with early osteoarthritis. Osteoarthritis Cartilage. 2006;14(12):1237-47.
6. Takeshita S, Mizuno S, Kikuchi T, Yamada H, Nakimi O, Kumagai K. The in vitro effect of hyaluronic acid on Il-1ß production in cultured rheumatoid synovial cells. Biomed Res. 1997;18(3):187-94.
7. Hempfling H. Intra-articular hyaluronic acid after knee arthroscopy: a two-year study. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc. 2007;15(5):537-46.
Quercetina
A Quercetina é o flavonoide mais comum na natureza e pode ser encontrado em diferentes formas. Nas plantas encontra-se como quercetina-3-O-glucosídeo atuando como pigmento e conferindo cor a frutas e vegetais. As suas fontes alimentares principais são as uvas, bagas, cerejas, maçãs, frutas cítricas, cebola, trigo sarraceno, couve, tomate, vinho tinto e chá preto.
A Quercetina e os seus derivados exercem funções biológicas importantes no ciclo celular e na via regulatória da transdução celular. Possui atividades anti-inflamatória e antioxidante, mais potente do que a vitamina C e E, importantes na atividade neuronal. Parece também possuir efeitos pró-oxidantes, contribuindo para a inibição do crescimento tumoral e pró-apoptoticos de células cancerígenas, atividades cruciais no seu potencial anti-cancerígeno. Para além disto, tem demonstrado capacidade para modular vias de sinalização para reduzir a progressão de cancro, enfatizando a utilização de suplementação com Quercetina como complemento no tratamento de cancro.
Os seus efeitos terapêuticos e possíveis aplicações farmacológicas têm sido extensamente estudadas e devem-se principalmente ao seu forte poder antioxidante contra radicais livre e inibidor da peroxidação lipídica. A evidência científica sugere que dietas ricas em flavonoides como a Quercetina, têm potencial para reduzir o risco de doença cardiovascular, devido às suas capacidades anti-inflamatórias, anticoagulantes, anti-hipertensivas e efeitos positivos na redução da pressão arterial e nos distúrbios do metabolismo lipídico (capacidade de reduzir níveis de triglicerídeos e aumentar colesterol HDL).
A sua atividade anti-hiperglicémica também ficou demonstrada em estudos in vivo em animais diabéticos. A Quercetina também foi reconhecida como geralmente segura pela FDA.
Para além disto, fornece benefícios como a melhoria da saúde ocular e distúrbios alérgicos. Podendo ter um papel no combate da asma, diabetes, obesidade, doeças neurológicas (como Alzheimer) e inflamatórias (como artrite e osteoporose por exemplo).
Bibliografia
1. Salehi B, Machin L, Monzote L, et al. Therapeutic Potential of Quercetin: New Insights and Perspectives for Human Health. ACS Omega. 2020. doi:10.1021/acsomega.0c01818
2. Ezzati M, Yousefi B, Velaei K, Safa A. A review on anti-cancer properties of Quercetin in breast cancer. Life Sci. 2020. doi:10.1016/j.lfs.2020.117463
3. Ulusoy HG, Sanlier N. A minireview of quercetin: from its metabolism to possible mechanisms of its biological activities. Crit Rev Food Sci Nutr. 2020. doi:10.1080/10408398.2019.1683810
4. Formica J V., Regelson W. Review of the biology of quercetin and related bioflavonoids. Food Chem Toxicol. 1995. doi:10.1016/0278-6915(95)00077-1
5. Huang H, Liao D, Dong Y, Pu R. Effect of quercetin supplementation on plasma lipid profiles, blood pressure, and glucose levels: a systematic review and meta-analysis. Nutr Rev. 2020. doi:10.1093/nutrit/nuz071
6. Bule M, Abdurahman A, Nikfar S, Abdollahi M, Amini M. Antidiabetic effect of quercetin: A systematic review and meta-analysis of animal studies. Food Chem Toxicol. 2019. doi:10.1016/j.fct.2019.01.037
7. Lakhanpal P, Rai DK. Quercetin: A Versatile Flavonoid. Internet J Med Updat – EJOURNAL. 2007. doi:10.4314/ijmu.v2i2.39851
8. Zaplatic E, Bule M, Shah SZA, Uddin MS, Niaz K. Molecular mechanisms underlying protective role of quercetin in attenuating Alzheimer’s disease. Life Sci. 2019. doi:10.1016/j.lfs.2019.03.055
Silício
O Silício é o segundo elemento mais comum na crosta terrestre, logo a seguir ao oxigénio. No entanto, devido à sua elevada afinidade pelo oxigénio, não é encontrado na natureza na sua forma elementar, formando rapidamente sílica e silicatos. Este oligoelemento não é produzido pelo corpo humano e por isso deve ser subministrado através da alimentação ou suplementação.
No organismo humano, o Silício é o terceiro oligoelemento mais abundante e encontra-se presente em todos os tecidos, mas em maiores concentrações nos ossos, tendões, articulações e outros tecidos conjuntivos, incluindo pele, cabelos, artérias e unhas.
Este é um mineral fundamental na formação, manutenção e regeneração óssea, desempenhando um importante papel na iniciação da mineralização, porque é altamente concentrado no osteoide imaturo, mas diminui à medida que o teor de cálcio aumenta no osso maduro.
Apesar dos mecanismos pelos quais o Silício acelera a taxa de mineralização óssea ainda não serem bem conhecidos, estudos reportam que a suplementação com Silício tem efeito na síntese de colagénio tipo 1, tornando a matriz mais calcificável, aumentando a densidade mineral óssea e diminuindo a fragilidade do osso.
Este mineral representa um potencial na prevenção e tratamento de doenças ósseas como a osteoporose, patologia caraterizada por desmineralização óssea e deterioração da microarquitetura do osso o que poderá aumentar o risco de fraturas.
Para além disto, este oligoelemento tem um papel importante na saúde dos tecidos conjuntivos, contribuindo para a vitalidade da pele, unhas e cabelo, desempenhando um papel importante na regulação da estrutura e elasticidade dérmica, contribuindo para a forma, resistência e flexibilidade de todos os tecidos conjuntivos. O seu efeito reparador e regenerador tecidular, previne o envelhecimento precoce.
Tem sido reportado que para o aumento da densidade mineral óssea, são necessários mais 40 mg de Silício por dia, no entanto a média de ingestão diária varia entre 20 e 30 mg por dia, sendo que mulheres pós-menopausa ingerem quantidades inferiores e não o absorvem tão bem como mulheres mais novas, o que justifica a suplementação com este oligoelemento.
A sua suplementação parece ter feitos positivos na prevenção da osteoporose e manutenção da saúde dos ossos, em mulheres pós-menopausa com uma dieta pobre em cálcio.
A depleção em Silício limita o desenvolvimento da matriz extracelular e a mineralização óssea, por isso, tecidos como ossos, articulações, pele e cabelo tornam-se frágeis e com uma aparência envelhecida, devido à diminuição deste oligoelemento no organismo, estando também associada a má formação óssea.
Um sinal típico de envelhecimento da pele é a diminuição dos níveis de Silício e ácido hialurónico nos tecidos conjuntivos. Isso resulta em perda de humidade e elasticidade da pele. Assim sendo, a suplementação com Silício apresentou efeitos positivos na diminuição da rugosidade da pele em mulheres, com idades entre 40 e 65 anos, com sinais clínicos de fotoenvelhecimento da pele.
O alumínio é um conhecido neurotóxico que pode acelerar os danos oxidativos das biomoléculas e foi reconhecido como sendo um possível fator causal de Alzheimer. O Silício, por sua vez, é capaz de reduzir a captação de alumínio do trato digestivo e retardar a sua acumulação no tecido cerebral.
Em súmula, o Silício é um mineral essencial no organismo, que não sendo sintetizado por este deverá ser ingerido através da alimentação ou suplementação. É fundamental na formação, manutenção e regeneração óssea, estimulando a síntese de colagénio e a diferenciação de osteoblastos. Assim sendo, apresenta potencial na prevenção e tratamento de doenças ósseas (osteoporose) e um papel importante na saúde dos tecidos conjuntivos, contribuindo para a vitalidade da pele, unhas e cabelo.
Bibliografia
1. Sripanyakorn S, Jugdaohsingh R, Thompson RPH, Powell JJ. Dietary silicon and bone health. Nutrition Bulletin. 2005.
2. Jurkić LM, Cepanec I, Pavelić SK, Pavelić K. Biological and therapeutic effects of ortho silicic acid and some ortho-silicic acid-releasing compounds: new perspectives for therapy. Nutrition and Metabolism. 2013.
3. Rodella LF, Bonazza V, Labanca M, et al. A review of the effects of dietary Silicon intake on bone homeostasis and regeneration. J Nutr Health Aging. 2014.
4. Price CT, Koval KJ, Langford JR. Silicon: a review of its potential role in the prevention and treatment of postmenopausal osteoporosis. International Journal of Endocrinology. 2013.
5. Price CT, Langford JR, Liporace FA. Essential Nutrients for Bone Health and a Review of their Availability in the Average North American Diet. Open Orthop J. 2012.
6. Carlisle EM. Silicon: a requirement in bone formation independent of vitamin D1. Calcif Tissue Int. 1981.
7. Kim MH, Bae YJ, Choi MK, Chung YS. Silicon supplementation improves the bone mineral density of calcium deficient ovariectomized rats by reducing bone resorption. Biol Trace Elem Res. 2009.
8. Jugdaohsingh R, Tucker KL, Qiao N, et al. Dietary Silicon Intake Is Positively Associated with Bone Mineral Density in Men and Premenopausal Women of the Framingham Offspring Cohort. J Bone Miner Res. 2004.








Anton V. (proprietário verificado) –
Anton V. (proprietário verificado) –