| Ingredientes | Toma Diária: 4 ml Tomas por embalagem: 12 | %VRN |
|---|---|---|
| Chá Verde | 468 mg | ** |
| Chá de Java | 464 mg | ** |
| Guaraná | 396 mg | ** |
| Videira Vermelha | 344 mg | ** |
| Garcinia cambogia | 320 mg | ** |
| Fumária | 240 mg | ** |
| Dente-de-leão (taraxaco) | 240 mg | ** |
| Cardo Mariano | 216 mg | ** |
| Funcho | 188 mg | ** |
| Alcaravia | 136 mg | ** |
| Anis Verde | 108 mg | ** |
*VRN estabelecida pelo Regulamento (UE) Nº 1169/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Outubro de 2011.
**VRN (valor de referência nutricional não estabelecida)
Informações Complementares
📋 Modo de usar
Tomar 20 gotas diluídas num copo de água junto ao pequeno-almoço e diluir mais 60 gotas numa garrafa de 1,5 l de água mineral e tomar, de preferência, fora das refeições, ao longo do dia.
🌿 Composição
Água Purificada; Álcool; Gelificante: Glicerina; Camellia sinensis, Chá Verde (Folhas); Orthosiphon stamineus, Chá de Java (Folhas e Flor); Paullinia cupana, Guaraná (Sementes); Vitis vinifera, Videira (Folha); Garcinia cambogia; Fumaria officinalis, Fumária (Planta); Taraxacum officinale, Taráxaco (Folhas); Silybum marianum, Cardo Mariano (Planta); Foeniculum vulgare, Funcho (Sementes); Carum carvi, Alcaravia (Frutos); Pimpinella anisum, Anis Verde (Fruto).
🔎 Advertências
Não exceder a toma diária recomendada. Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado. É importante um regime alimentar equilibrado e um modo de vida saudável. Devido à inexistência de estudos que confirmem a segurança de utilização em caso de gravidez e aleitamento, este suplemento não deve ser utilizado nestas situações, salvo indicação médica. O produto não deve ser utilizado no caso de hipersensibilidade, alergia e quando estejam descritas interações de outro produto com qualquer um dos constituintes da formulação. Preservar ao abrigo da luz, do calor e da humidade. Conservar em local seco na embalagem original e a temperatura inferior a 25ºC. Manter fora do alcance e da visão das crianças. A sua toma está desaconselhada em pessoas com problemas cardíacos (tais como insuficiência cardíaca), com função renal comprometida, hipertensos e em casos de obstrução das vias biliares. Contém Cafeína.
📍 Importante
Apesar de integralmente sustentada em fontes de referência com reconhecido valor e prestígio nacional e internacional, a informação contida nestas páginas não pode ser considerada como exaustiva ou, apesar de todos os esforços de melhoria contínua, isenta de incorreções inadvertidas. As plantas e seus derivados utilizados na preparação de suplementos alimentares têm efeitos nutricionais, e podem interagir com medicamentos e outros suplementos. A sua inclusão em produtos para consumo humano obriga à prévia determinação de segurança, porém, essa segurança depende de uma utilização responsável. A Nutriama não assume qualquer responsabilidade por problemas decorrentes da má utilização da informação disponibilizada. Se precisar de aconselhamento específico, deverá recorrer diretamente a um profissional devidamente qualificado.
Principais Ingredientes
Chá Verde
A Camelia sinensis é uma planta que cresce maioritariamente em ambientes tropicais ou subtropicais e é a espécie utilizada para a elaboração do chá. As suas folhas são cozinhadas a alta temperatura após a colheita para inativar as enzimas oxidantes de polifenóis protegendo, desta forma, a maioria das vitaminas presentes no chá.
O chá consiste principalmente em polifenóis, cafeína, minerais e vestígios de vitaminas, aminoácidos e hidratos de carbono. O tipo de polifenóis presentes no chá varia dependendo do nível de fermentação que sofreu e por isso a atividade farmacológica de cada tipo de chá também varia. Os três grandes tipos de chá são o chá verde (não fermentado), preto (fermentado) e oolong (semi-fermentado).
O Chá Verde conhecido especialmente pelas suas capacidades antioxidantes e anti-envelhecimento, contém principalmente catequinas, das quais de destaca a EGCG (epigalatocatequina-3-galato), sendo considerada, por alguns cientistas, como um dos mais eficazes compostos anti-cancerígenos conhecidos, protegendo as células e estimulando a produção de enzimas antioxidantes pelo organismo. Os polifenóis do Chá Verde ajudam a proteger o coração e a suprimir os danos causados pelo colesterol (LDL), prevenindo a formação de placas de ateroma nas artérias.
Além disso, têm atividade anti-inflamatória, ao inibirem a ação de mediadores inflamatórios, o que vai melhorar significativamente a microcirculação.
O Chá Verde contém também entre 2 a 5% de cafeína, um importante estimulante sobre o sistema nervoso central e sistema cardiovascular.
Os extratos do chá possuem um grande espetro de atividades biológicas, podendo destacar-se as suas propriedades antioxidantes, fotoprotetoras, anti-celulite, adelgaçantes e de melhoria da pele, do cabelo e da microcirculação.
A nível da pele, os seus efeitos variam de acordo com a camada cutânea em que vão atuar. No estrato córneo, o seu efeito é essencialmente devido à sua forte ação antioxidante. Em camadas mais profundas da pele, os polifenóis do chá exibem efeitos protetores contra a radiação UV e alteram a atividade de várias enzimas. Ao inibirem a lipoxigenase, metaloproteinase, hialuronidase e colagenase, estes extratos conseguem retardar os sinais do envelhecimento cutâneo.
Bibliografia
1. Sánchez M, González-Burgos E, Iglesias I, Lozano R, Gómez-Serranillos MP. The pharmacological activity of camellia sinensis (L.) kuntze on metabolic and endocrine disorders: A systematic review. Biomolecules. 2020. doi:10.3390/biom10040603
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Chá de Java
O chá-de-java, ou java, de nome cientifico Orthosiphon stamineus, é uma planta (arbusto) medicinal que possui substâncias na sua composição que, ainda que pouco conhecidas, desempenham um importante papel na saúde, com utilidade na prevenção e/ou tratamento de diversas condições. Os componentes como flavonóides, sais de potássio e de magnésio, ácidos orgânicos (tais como acido cafeíco, acido benzoico…), fitoesteróis, fosfolípidos, saponinas e taninos, são alguns dos elementos de destaque na composição do chá-de-java.
É principalmente utilizada pelas suas importantes propriedades no que diz respeito à diurese, ou seja, à eliminação de líquidos através da urina. No entanto existem mais benefícios associados à java já que foi demonstrada atividade antibacteriana e anti-inflamatória.
O marcado efeito no aumento da produção de urina faz do chá-de-java um importante agente anti-retenção de líquidos, útil em regimes de emagrecimento, tratamentos anti-celulíticos, retenção de líquidos (edema) e sensação de pernas inchadas (insuficiência venosa).
Pelo seu efeito diurético, o tratamento ou prevenção de infeções do trato urinário, desde cistites, uretrites, litíase (cálculos) renal ou prostatites, é uma das suas utilizações mais comuns.
O aumento da produção de líquidos promove, consequentemente, a eliminação de toxinas e resíduos indesejáveis através da urina, pelo que é uma planta de referência em regimes de emagrecimento para o tratamento do excesso de peso e obesidade.
Através do seu efeito diurético e pela ausência de compostos excitantes na sua composição, é uma planta útil como coadjuvante no tratamento da hipertensão, prevenindo danos nas artérias responsáveis pelo risco aumentado de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
É muito vantajoso na prevenção de episódios de gota ou hiperuricémia, doença inflamatória e metabólica caraterizada pela elevação dos níveis de ácido úrico no sangue, devido à promoção da eliminação de acido úrico via urinária.
Promove a digestão, sobretudo das gorduras, contribuindo para o bom funcionamento da vesícula biliar, protegendo ainda o fígado contra processos inflamatórios.
Bilbiografia:
1. Adam Y, Somchit MN, Sulaiman MR, et al. Diuretic properties of Orthosiphon stamineus Benth. J Ethnopharmacol. 2009;124(1):154-158. doi:10.1016/j.jep.2009.04.014.
2. Yam MF, Asmawi MZ, Basir R. An investigation of the anti-inflammatory and analgesic effects of Orthosiphon stamineus leaf extract. J Med Food. 2008;11(2):362-368. doi:10.1089/jmf.2006.065.
3. Adnyana K, Setiawan F, Insanu M. From ethnopharmacology to clinical study of Orthosiphon stamineus Benth. Int J Pharm Pharm Sci. 2013;5(3):66-73.
4. Akowuah GA, Ismail Z, Norhayati I, Sadikun A. The effects of different extraction solvents of varying polarities on polyphenols of Orthosiphon stamineus and evaluation of the free radical-scavenging activity. Food Chem. 2005;93:311-317. doi:10.1016/j.foodchem.2004.09.028.
5. Ameer OZ, Salman IM, Asmawi MZ, Ibraheem ZO, Yam MF. Orthosiphon stamineus: Traditional uses, phytochemistry, pharmacology, and toxicology. J Med Food. 2012;15(8):678-690. doi:10.1089/jmf.2011.1973.
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Guaraná
O uso do guaraná remonta há já vários séculos, documentado pela primeira vez durante uma expedição Jesuíta à Amazónia, onde era utilizado no tratamento da dor de cabeça, febre e cãibras. Desde então, este extrato tem sido muito utilizado no mercado de suplementos dietéticos pela sua ação estimulante, energizante e na perda de peso. O guaraná, cujo nome científico é Paullinia cupana, contém diversos constituintes com propriedades bioativas: as metilxantinas (cafeína, teobromina, teofilina) e os taninos (catequinas e epicatequinas, procianidinas), entre outros. As suas propriedades estimulantes estão relacionadas com o seu teor em xantinas, como a cafeína, que atuam sobre o sistema nervoso central e que lhe conferem ação anti-fadiga, tónica e energizante por aumento de glicose circulante. Esta ação proporciona uma melhoria do estado de alerta, ou seja, reduz o tempo de reação otimiza do processamento da informação. Para além dos compostos estimulantes, os taninos presentes parecem estar relacionados com a proteção dos efeitos amnésicos da escopolamina, protegendo a memória e melhorando a performance cognitiva.
O uso de guaraná está também fortemente associado à perda de peso, devido ao seu efeito estimulante, às suas propriedades diuréticas e de inibição do apetite. No caso deste último, a redução da secreção de ácido gástrico e consequente aumento do tempo da taxa de esvaziamento gástrico, traduz-se numa maior saciedade e controlo sobre a ingestão alimentar. A sua atividade diurética relaciona-se com o seu teor em teobromina e teofilina, metabolitos com efeito reconhecido. Estas propriedades, a par do aumento da taxa metabólica em repouso (metabolismo basal) e do gasto energético induzidas pelas xantinas, auxiliam na manutenção da perda de peso a longo prazo.
A nível da pele, a evidência sugere que a matriz rica em catequinas e alcalóides modula diferentes estados inflamatórios e processos de envelhecimento, exibindo ainda efeitos diuréticos, detergentes, adstringentes e antioxidantes. O Guaraná, devido ao efeito redutor da celulite das metilxantinas, promove a lipólise, reduzindo desta forma o tamanho e volume de adipócitos, o que se traduz numa diminuição da tensão no tecido conjuntivo circundante e numa melhoria a aparência clínica de pregas.
Bibliografia
1. Hamerski L, Somner G V, Tamaio N. Paullinia cupana Kunth (Sapindaceae): a review of its ethnopharmacology, phytochemistry and pharmacology. J Med Plants Res. 2013;7(30):2221-2229.
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3. Schimpl FC, Kiyota E, Mayer JLS, Gonçalves JFDC, Da Silva JF, Mazzafera P. Molecular and biochemical characterization of caffeine synthase and purine alkaloid concentration in guarana fruit. Phytochemistry. 2014;105:25-36. doi:10.1016/j.phytochem.2014.04.018
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Videira Vermelha
A Vitis vinifera L. é uma planta nativa da Europa e Ásia ocidental, que cresce abundantemente em países mediterrânicos, sendo o vinho a bebida de eleição elaborada a partir das suas uvas, bebida muito apreciada e consumida, desde a antiguidade até aos dias de hoje.
No entanto, outros produtos derivados desta planta têm ganho interesse ao longo dos anos, pelo seu valor nutricional e medicinal, com potenciais benefícios para a saúde. A casca das uvas são ricas em terpenos, norisoprenóides e tióis, e a polpa em ácidos orgânicos e açúcares. A sua concentração em compostos fenólicos, resveratrol e quercetina, conferem-lhe relevantes propriedades antioxidantes e antimicrobianas. As suas sementes, ricas em fenóis e proantocianidinas, parecem ter um papel nutracêutico benéfico para a saúde, para além de lhe serem atribuídas propriedades anti-inflamatórias, anti-ulcerosas, anti-cancerígenas e cardioprotetoras. O óleo das sementes é rico em ácidos gordos essenciais, vitamina E e fitoesteróis, demonstando notáveis atividades antioxidantes e anti-inflamatórias, para além de estar a ser estudada a sua capacidade anti-tumural. O uso tradicional da uva inclui, entre outros, as doenças da pele, patologias oculares, náuseas, dores de garganta, hemorroidas, doenças renais e hepáticas, sendo que na medicina Ayurvédica é considerado um tónico para o coração com utilidade nas doenças cardiovasculares, edema e inflamação.
As folhas da Videira, por sua vez, têm sido utilizadas desde tempos antigos devido às suas diversas propriedades, tal como a ação hipoglicemiante, antimicrobiana, anti-inflamatória e, particularmente, as suas propriedades antioxidantes, benéficas para o organismo. Também utilizadas no tratamento de insuficiência venosa crónica, pela eficácia demonstrada na redução do edema e da dor, atuando ao nível da circulação sanguínea microvascular. Estando as patologias neurodegenerativas e falhas de memória muitas vezes relacionadas com défices ao nível da microcirculação sanguínea cerebral, a Videira poderá apresentar efeitos benéficos a este nível. Para além disto, sendo a obesidade uma doença inflamatória que também afeta os vasos sanguíneos, causando dificuldades na circulação de leptina (hormona da saciedade) até ao cérebro, têm sido estudados os efeitos antiobesidade da V. vinifera, tanto pela sua ação na microcirculação como pelos seus efeitos anti-inflamatórios. As folhas de videira, sendo subprodutos da indústria vinícola, têm vindo a ser utilizadas na medicina tradicional pelos seus efeitos hepatoprotetores, espasmolíticos e vasodilatadores.
Em suma, os compostos naturais presentes na videira protegem as células vasculares endoteliais contra o dano inflamatório, exibindo também uma capacidade antioxidante notável, conferindo-lhe propriedades cardio e hepatoprotetoras, estando mesmo a ser estudado o seu potencial benefício como anticancerígeno.
Bibliografia
1. Martin ME, Grao-Cruces E, Millan-Linares MC, et al. Grape (vitis vinifera L.) seed oil: A functional food from the winemaking industry. Foods. 2020.
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Garcinia Cambogia
O extrato proveniente do fruto da Garcinia cambogia, planta nativa da Índia, Nepal e Sri Lanka, é tradicionalmente utilizado como coadjuvante digestivo, em distúrbios gastrointestinais e no reumatismo, tendo sido recentemente associado a um potencial efeito benéfico na perda de peso.
A sua capacidade de auxiliar na gestão de peso prende-se com o facto de ser rica em ácido hidroxicítrico, uma substância que é capaz de bloquear a enzima citrato liase, reduzindo a absorção e síntese de gorduras no corpo. Desta forma, faz com que o organismo use as reservas de gordura como fonte de energia, o que leva à perda de peso.
Além disso, a garcínia cambogia é considerada um inibidor natural do apetite pois estimula a produção de serotonina, um neurotransmissor responsável por regular o humor, o sono e o apetite, aumentando a sensação de prazer e bem-estar.
Para além disso, tem-se mostrado eficaz no controlo da diabetes, em baixar o colesterol e a melhorar a energia e disposição, pois é rica em ácido hidroxicítrico com ação redutora do apetite, antidiabética, anti-inflamatória e antioxidante.
Por ajudar a baixar o colesterol mau, triglicerídeos e aumentar o colesterol bom, a Garcínia cambogia pode ajudar a prevenir doenças cardiovasculares, como aterosclerose, infarto ou AVC, por exemplo.
Além disso, como também regula os níveis de açúcar no sangue, pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardiovasculares associadas à diabetes.
Tem propriedades anti-inflamatórias e antiulcerosas, devido ao garcinol na sua composição, uma substância que pode reduzir a dor e o desconforto gastrointestinal causado por úlceras no estômago.
Por ser rica em antioxidantes, a Garcínia cambogia, é capaz de reduzir os danos dos radicais livres no organismo, o que ajuda a melhorar a função das células de defesa do corpo e a fortalecer o sistema imunitário.
Tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes que reduzem o estresse oxidativo e a inflamação no corpo enquanto ajuda a a melhorar o rendimento e a resistência física durante a prática de exercícios físicos. Como consequência ajuda a aumentar os níveis de energia e disposição, pela estimulação da produção de serotonina, o que também contribui para melhorar o desempenho físico.
Bibliografia:
1. Baky, M. H.; et al. Recent Advances in Garcinia cambogia Nutraceuticals in Relation to Its Hydroxy Citric Acid Level. A Comprehensive Review of Its Bioactive Production, Formulation, and Analysis with Future Perspectives. ACS Omega. 7. 30; 25948–25957, 2022.
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3. Calaquina, L. L.; YAU, I. Garcinia cambogia-A Supplement-Related Liver Injury. Cureus. 14. 2; e22225, 2022.
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5. Lunsford, K. E.; et al. Dangerous dietary supplements: Garcinia cambogia-associated hepatic failure requiring transplantation. World J Gastroenterol. 22. 45; 10071-10076, 2016.
Fumária
A fumária é uma planta medicinal da espécie Fumaria officinalis, indicada para auxiliar em diversos problemas digestivos, como prisão de ventre, má digestão, náuseas ou cólicas intestinais, mas também pode auxiliar no tratamento de doenças de pele, como psoríase ou eczema.
Isto porque essa planta, também é conhecida como erva-moleirinha, erva-pombinha e fumo-da-terra, é rica em alcaloides, flavonoides, glicosídeos, mucilagem e esteroides, com ação depurativa, anti-inflamatória e laxativa.
É também tradicionalmente utilizada em situações de disfunção hepatobiliar, demonstrando também efeito diurético, colagogo e no refluxo gastroesofágico.
Possui atividade relaxante do musculo liso e como colerético (auxilia na produção de bilis). In vitro, o extrato de fumária e as suas frações demonstram efeitos espamogénicos ou espamolíticos devido à presença de compostos colinérgicos e compostos que bloqueiam os canais de cálcio, o que pode explicar o seu uso, respetivamente, na obstipação e na diarreia.
Além disso, apresenta também atividade hepatoprotetora da toxicidade induzida por certos medicamentos como o paracetamol e a rifampicina. Demonstrou também efeitos quimio-preventivos ao suprimir a carga tumoral e restaurar a atividade dos marcadores enzimáticos do cancro hepático. Além disso, os compostos presentes conferem-lhe também ação anti-inflamatória, antioxidante e anti-microbiana.
Bibliografia:
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4. Khamtache-Abderrahim S, Lequart-Pillon M, Gontier E, et al. Isoquinoline alkaloid fractions of Fumaria officinalis: Characterization and evaluation of their antioxidant and antibacterial activities. Ind Crops Prod. 2016;94:1001-1008. doi:10.1016/j.indcrop.2016.09.016.
5. Yarnell E, Abascal K. Herbs for gastroesophageal reflux disease. Altern Complement Ther. Published online 2010. doi:10.1089/act.2010.16611.
6. Gupta PC, Sharma N, Rao C V. A review on ethnobotany, phytochemistry and pharmacology of Fumaria indica (Fumitory). Asian Pac J Trop Biomed. 2012;2(8):665-669. doi:10.1016/S2221-1691(12)60117-8.
Dente de Leão
O dente-de-leão é uma planta que possui diversos benefícios para a saúde, como proteger o fígado, prevenir doenças com o coração, estimular a perda de peso, ajudar a controlar a diabetes e favorecer a saúde gastrointestinal, pois é rica em vitaminas, inulina, fitoesterois, aminoácidos e minerais.
A sua composição inclui lactonas, flavonóides, cumarinas, ácidos fenólicos e seus derivados, triterpenos e esteróides que ajudam na produção de bílis, observado em estudos in vivo com dente-de-leão, apoiando assim o uso tradicional da planta como estimulante digestivo e colerético, o que facilita a digestão dos alimentos com elevado teor lipídico. Outras atividades biológicas do Dente-de-leão têm sido estudadas, tendo especial relevância a sua atividade diurética, hipoglicémica, imunomodeladora, antimicrobiana, anticancerígena e na saúde feminina.
Alguns estudos realizados confirmam que os polifenois, flavonoides e polissacarídeos presentes nessa planta possuem efeitos benéficos sobre as funções do fígado, ajudando a diminuir a inflamação e o dano oxidativo que são comuns de acontecer nas alterações hepáticas. Além disso, o dente-de-leão atua como protetor hepático diante da presença de substâncias tóxicas, como agentes químicos industriais e medicamentos em doses mais altas.
Além disso, essa planta ajuda na regeneração do fígado e a diminuir os níveis acumulados de gordura, sendo útil para auxiliar no tratamento da hepatite e fibrose cística, por exemplo.
As substâncias bioativas naturais do dente-de-leão possuem propriedades hipocolesterolêmicas e antioxidantes, que são eficazes na prevenção da formação e/ ou progressão da aterosclerose.
Alguns estudos demonstraram que as folhas do dente-de-leão ajudam a evitar o dano oxidativo das células e a diminuir os níveis de triglicerídeos e de colesterol LDL, também conhecido como colesterol mau, prevenindo o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e de desenvolver um AVC.
Alguns estudos indicam que as raízes do dente-de-leão possui efeito anti-obesidade, já que podem atuar no metabolismo dos lipídios, diminuindo o tamanho de células de gordura e inibindo a sua formação devido ao bloqueio das enzimas pancreáticas.
Além disso, estudos realizados com o extrato das folhas e as raízes cruas do dente-de-leão demonstraram que essa planta é capaz de promover a redução dos níveis de triglicerídeos no organismo, ajudando a reduzir o peso corporal.
As raízes de dente-de-leão são ricas em oligofrutanos, também conhecidos como prebióticos, que atuam como fonte de carbono e energia para estimular as bactérias intestinal benéficas para a saúde.
Assim, essa planta seria capaz de ajudar no combate à prisão de ventre e prevenir o desenvolvimento de alterações intestinais como hemorroidas e diverticulose.
Além disso, o dente-de-leão poderia melhorar os sintomas relacionados com problemas digestivos leves, como sensação de barriga cheia, flatulências e digestão lenta.
Possui potássio, o que garante a sua ação diurética, de forma que pode ser utilizado para complementar o tratamento de infeção urinária, retenção de líquidos e hipertensão arterial, devendo ser usado conforme recomendação médica. Também possui propriedades tônicas e depurativas que melhoram o funcionamento do intestino e ajudam a eliminar as fezes, sendo uma boa opção para a prisão de ventre.
O dente-de-leão é rico em compostos antioxidantes e antibacterianos como os flavonoides, saponina e fenóis que contém propriedades imunológicas que atuam contra microrganismos, como as bactérias Staphylococcus aureus e Escherichia coli, prevenindo e ajudando no tratamento de infecções bacterianas.
Biliografia:
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Cardo Mariano
O Cardo Mariano, cujo nome científico é Silybum marianum, é uma das plantas mais estudadas no tratamento de doenças hepáticas. Tem um uso tradicional como alimento, tónico, galactogogo e em afeções endócrinas, digestivas e depressão.
Os principais compostos bioativos do Cardo Mariano são três flavonoides isómeros naturais, conhecidos no seu conjunto como Silimarina, e que estão concentrados sobretudo no fruto e nas sementes desta planta. A Silimarina atua como um antioxidante, ao reduzir a produção de radicais livres e a peroxidação lipídica, possui atividade antifibrótica e inibe a ligação de toxinas aos recetores membranares dos hepatócitos, atuando como um protetor hepático e um desintoxicante natural. As suas propriedades regeneradoras hepáticas devem-se à sua capacidade de induzir o aumento da síntese proteica nos hepatócitos, além de diminuir os níveis de malondialdeído (MDA) e aumentar significativamente a atividade antioxidante da glutationa (GSH).
A silimarina tem sido muito utilizada no tratamento de distúrbios da vesícula biliar (colerético), doença hepática, cirrose, icterícia, hepatites virais agudas e crónicas e doenças hepáticas induzidas por toxinas. Para além disto, beneficia o sistema nervoso com efeitos neuroprotetores via mecanismos antioxidantes e anti-inflamatórios, bem como potencial antidepressivo.
As suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e pró-apoptóticas têm-se revelado muito úteis ao nível da cardio, neuro e hepatoproteção.
Tem vindo a demonstrar propriedades benéficas na proteção renal, capacidade hipolipemiante, atividade anti-aterosclerótica, e revelou-se útil na prevenção da resistência à insulina, especialmente em doentes cirróticos e oncológicos.
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Funcho
O funcho (Foeniculum vulgare) é uma planta mediterrânica também conhecida como erva-doce (sementes de funcho) existente em Portugal no estado silvestre e, cada vez mais, na forma de cultura intensiva como planta aromática e medicinal.
O seu interesse assenta principalmente nas suas propriedades como digestivo, diurético e regulador intestinal. A raiz do funcho é utilizada em fitoterapia para a produção de infusões ou suplementos diuréticos, devido à sua capacidade de estimulação da produção de urina, com consequente aumento da eliminação de líquidos e resíduos orgânicos em excesso.
Rica em minerais, como o potássio, magnésio, cálcio e ferro, é um diurético natural comummente recomendado como auxiliar de regimes de emagrecimento, no tratamento da retenção de líquidos e sensação de pernas inchadas.
Tem propriedades calmantes digestivas e ati-espasmódicas, actuando sobretudo no tratamento de cólicas e de flatulência (gases intestinais), útil nos adultos mas também em crianças e lactentes que sofrem destes distúrbios.
Alem disso, o seu elevado teor em vitaminas A e C confere-lhe propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, combatendo os radicais livres e contribuindo para a redução de estados inflamatórios da boca e garganta, por exemplo.
Já as folhas e caule do funcho contêm elevadas concentrações do composto aromático anetol, um estimulante natural das funções digestivas, sendo ainda fonte generosa de fibra dietética, contribuindo para a boa digestão e, por isso, útil no tratamento e prevenção de sintomas como a anorexia (falta de apetite), azia, enfartamento pós-refeições e indigestões.
Bibliografia:
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Alcaravia
O nome científico dessa planta é Carum carvi, também conhecida como cominho-armênio ou cariz, e suas partes normalmente utilizadas são os frutos, considerados de forma errada como sementes, sendo utilizados para o preparo de alimentos, pois confere um toque levemente picante, sendo muito semelhante ao cominho, não só no sabor como também na aparência.
A alcaravia ajuda a prevenir a formação de gases intestinais, estimula a secreção de sucos gástricos, melhorando a digestão dos alimentos e diminuindo a motilidade estomacal, pois a carvona, composto bioativo da alcaravia, atua na musculatura intestinal, ajudando a regular trânsito.
Além disso, também pode ajudar a aliviar a dor de barriga e a sensação de peso no estômago. Um estudo científico indicou que o uso tópico na barriga ajudou a aliviar as cólicas abdominais em pessoas com síndrome do intestino irritável.
A alcaravia ajuda a combater o Helicobacter pylori, uma bactéria que aumenta o risco de úlceras estomacais, pois possui propriedades antimicrobianas.
Além disso, aparentemente ajuda a proteger a mucosa gástrica de alterações como inflamação, erosão ou sangramento, por exemplo.
O óleo essencial de alcarávia tem efeito antimicrobiano, sendo eficaz contra algumas bactérias, como Bacillus cereus, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Bacillus subtilis, Salmonella typhi e contra Helicobacter pylori. Isso porque possui algumas substâncias ativas, como o carvacrol, que lhe confere essa propriedade antibacteriana.
Devido ao seu efeito diurético, a alcaravia ajuda a eliminar o excesso de líquidos no corpo através da urina, favorecendo também a eliminação de sódio e potássio através dela.
O alcaravia possui algumas substâncias ativas, como monoterpenos oxigenados e flavonoides, além de vitamina A, C e E que agem como poderosos antioxidantes auxiliando no combate dos danos causados pelos radicais livres nas células, podendo prevenir o aparecimento de doenças, como cancro de cólon, por exemplo.
Bibliografia:
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Anis Verde
O anis é uma especiaria feita a partir do fruto de uma árvore asiática chamada de Pimpinella anisum. Embora seja muito utilizado na culinária para conferir um sabor adocicado a algumas preparações, o anis também apresenta vários benefícios para a saúde devido aos seus componentes, especialmente o anetol, que parece ser a substância presente em maior concentração.
Por ser rico em anetol, o anis tem uma forte ação contra vários tipos de microrganismos, incluindo os fungos. Segundo estudos feitos em laboratório, o extrato de anis-estrelado é capaz de inibir o crescimento de fungos como Candida albicans, Brotytis cinerea e Colletotrichum gloeosporioides. Além da função contra fungos, o anetol do anis-estrelado também impede o desenvolvimento de bactérias.
Além do anetol, os estudos indicam que outras substâncias presentes no anis-estrelado também podem contribuir para sua ação antibacteriana, como é o caso do aldeído anísico, da cetona anísica ou do álcool anísico. Assim como a maior parte das plantas aromáticas, o anis tem uma boa ação antioxidante devido à presença de compostos fenólicos na sua composição.
Também possui ação carminativa e anti-inflamatória e, por isso, pode ser consumido após refeições muito pesadas e gordurosas, pois é capaz de facilitar a digestão e de evitar o acúmulo de gases no estômago e no intestino. Além disso, de acordo com alguns estudos, quando o anis-estrelado é consumido juntamente com a camomila, é possível combater a diarreia.
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